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MúsicaNotíciasWeekend

Rolling Stones, eternos como os diamantes

Em 1986, Morrissey, vocalista e letrista dos Smiths, disse ter composto uma “homenagem” aos Rolling Stones. Get Off the Stage (algo como “cai fora do palco”) era uma crítica à durabilidade dos roqueiros ingleses.

Na década seguinte, Krist Novoselic, então baixista do Nirvana, disse que o grupo de Mick Jagger e Keith Richards parou de lançar discos – simplesmente “vomitava” um punhado de canções vez ou outra. Os intérpretes de (I Can’t Get No) Satisfaction eram, para os dois roqueiros – que foram moldados na escola do punk rock – a imagem da caretice, do rebelde vendido para o sistema, do inimigo a ser combatido. 

Hoje Morrissey foi cancelado, acusado de racismo e preconceito contra imigrantes. Novoselic pouco fez depois do suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana, que encurtou a carreira do grupo. 

Mick JaggerJá os Rolling Stones… estão mais vivos e relevantes do que nunca. 

Hackney Diamonds, o 25º disco do grupo, é uma aula de rock’n’roll e durabilidade num período povoado por popstars de carreira efêmera.

O título do álbum faz referência a um tipo de contravenção praticado no bairro londrino de Hackney nos anos 60. Os “diamantes” seriam estilhaços de vidros de carro quebrados durante uma tentativa de roubo. 

A referência aos tempos de outrora não se resume ao título. O álbum trafega pela sonoridade dos Rolling Stones dos anos 70, em especial a de discos como Exile on Main Street, de 1972, e Some Girls, de 1977. 

Hackney Diamonds é a primeira compilação de material inédito desde o irregular Bigger Bang, de 2005. E como demorou para sair… A gestação começou após as sessões de gravação de Blue & Lonesome (2016), tributo ao gênero que incentivou o vocalista Mick Jagger e o guitarrista Keith Richards a criarem uma banda. Mas o processo foi interrompido diversas vezes, por diferentes motivos. 

Primeiro Don Was, o produtor dos seis últimos trabalhos do quinteto, desistiu do projeto; Richards foi diagnosticado com artrite e mudou seu estilo de tocar; Jagger foi submetido a uma cirurgia cardíaca em 2019 e a pandemia os obrigou a um isolamento. Por fim, em agosto de 2021, o baterista Charlie Watts morreu 20 dias após o anúncio de que não participaria de uma turnê americana. (Ele estava tratando um câncer.)

Os Rolling Stones finalmente retomaram o processo de composição e gravação em fevereiro deste ano. O álbum ficou pronto em dois meses, e Richards confessou que tem material para mais um trabalho. Boa parte desse resultado se deve a Andrew Watt, um guitarrista e produtor de 32 anos que toca na banda solo de Eddie Vedder, o vocalista do Pearl Jam, e participou de projetos tão diversos quanto Justin Bieber e Miley Cyrus, astros do pop, quanto do macabro Ozzy Osbourne. 

Watt, que foi indicado aos Stones por Paul McCartney, conseguiu atualizar a sonoridade do grupo sem perder as influências marcantes de blues, rock’n’roll, country, soul e disco music características do cancioneiro dos ingleses. 

Reduzido a Jagger, Richards e ao também guitarrista Ron Wood, o grupo conta com o reforço de Darryl Jones, o baixista que entrou em 1994, e o baterista Steve Jordan, que tocou com Richards em seu projeto paralelo, o X-Pensive Winos. Angry foi o primeiro single do álbum e um excelente cartão de visitas para Jordan: uma pancada pesada, mas ao mesmo tempo suingada. 

Este estilo se faz presente também na faixa seguinte, Get Close. Faixas como Whole My World, Depending on You e Tell Me Straight (essa cantada por Richards) remetem ao rock & blues básico dos anos 70, Mess It Up e Sweet Sounds of Heaven fazem referência às sonoridades dançantes com as quais eles flertaram no final dos anos 70 e início dos 80.

A ausência de ficha técnica impede de constatar se a presença de Watt se limitou à produção e a co-autoria das faixas Angry, Get Close e Depending on You. Há, contudo, a presença de uma guitarra melódica, que contrasta com o lado blue de Richards e Wood. Mais do que um novo álbum de uma das principais bandas da história, Hackney Diamonds é uma reunião de velhos companheiros em nome da boa música, que contou ainda com participações muito especiais. 

Charlie Watts deixou gravadas as baterias de Mess it Up e Live by the Sword  –que traz ainda o baixo de Bill Wyman, que saiu do grupo em 1993. Paul McCartney é o baixista de Bite My Head Off e Elton John se encarrega do piano de Get Close e Live by the Sword. Sweet Sounds of Heaven é enriquecida pelos vocais de Lady Gaga e tem ainda os teclados e piano de Stevie Wonder.

Não tem jeito, invejosos: assim como os diamantes, os Rolling Stones são para sempre.

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