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Braskem (BRKM5) é rebaixada pelo UBS BB, Suzano (SUZB3) é elevada pelo Goldman e OceanPact (OPCT3) é compra pelo BBI; ações reagem

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Diversas casas de análise têm revisado as recomendações para diferentes setores, movimentando as ações na sessão desta quinta-feira (18).

A Braskem (BRKM5) teve a sua recomendação cortada de compra para neutra pelo UBS BB, o Goldman Sachs elevou Suzano (SUZB3) de equivalente à venda para neutro, enquanto o Bradesco BBI reforçou a Aliansce Sonae (ALSO3) como a sua top pick do setor de shoppings, enquanto elevou as ações da Oceanpact (OPCT3) para equivalente à compra.

No início da sessão, às 10h10 (horário de Brasília), os ativos repercutiam as mudanças de recomendação, com BRKM5 caindo 2,61% (R$ 22,76), enquanto SUZB3 subia 2,74% (R$ 44,93) e OPCT3 avançava 2,49% (R$ 3,70).

Veja os principais destaques de recomendações:

Braskem (BRKM5)

O UBS BB reduziu a recomendação para as ações da Braskem de compra para neutra, mas mantendo o preço-alvo em R$ 26.

Os analistas apontam que, depois do desempenho dos últimos pregões, agora veem os ativos BRKM5 negociando a um múltiplo de cerca de 5,5 vezes o valor da firma sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EV/Ebitda), em linha com sua média histórica, implicando em alta limitada, com base exclusivamente nos fundamentos.

Há projeções no mercado de melhora dos spreads em relação aos níveis atuais, que podem ter sido levados em consideração pelos potenciais compradores, com uma oferta mais alinhada com o meio do ciclo petroquímico, ante o fundo registrado nos
4T22 e 1T23, avaliam.

Além disso, ao falarem sobre as notícias sobre a venda da companhia, os analistas apontam que, embora a Novonor (ex-Odebrecht) tenha confirmado recentemente que recebeu uma oferta não vinculante pela Braskem pelo que parecia ser de R$ 47 por ação à primeira vista, as notícias relataram que ela foi rejeitada, já que o Valor Presente Líquido (VPL) real estaria mais próximo de R$ 27-30 na operação.

“Sinalizamos outras ofertas possíveis, com um VPL mais alto, como um risco positivo. Por outro lado, de acordo com as notícias, a Petrobras (PETR3;PETR4), em vez de ser um potencial vendedor, está avaliando se tornar um
potencial comprador, o que levanta incertezas sobre os direitos dos acionistas minoritários.

“Dadas as declarações do presidente Lula demonstrando interesse em aumentar o controle da Petrobras sobre setores/empresas, achamos que outras ofertas podem pelo menos ser discutidas”, avalia.

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Suzano (SUZB3)

O Goldman Sachs elevou a recomendação para ações da empresa de papel e celulose Suzano de venda para neutro, após os papéis da companhia acumularem perdas expressivas de 25% desde que foram rebaixados à venda pelo banco, em 15 de setembro de 2021, enquanto o Ibovespa caiu cerca de 5% no mesmo período.

Em paralelo, analistas lembram que os preços da celulose recuaram aproximadamente 45% em relação ao pico recente em dezembro do ano passado, chegando próximo das mínimas históricas e abaixo do custo marginal, o que sugere um potencial de queda limitado, o que é o principal motivo da atualização da recomendação para Suzano.

Mais especificamente, os analistas do Goldman acreditam que notícias negativas em torno da empresa, incluindo aumento da alavancagem, maior gasto de capital, inflação de custos e queda nos lucros, agora estão em grande parte precificadas, o que deve limitar o risco de queda das ações. Ao mesmo tempo, eles não veem probabilidade de um aumento sustentável no preço das ações até que o mercado tenha uma visibilidade mais clara de uma reversão no ciclo de preços da celulose e melhoria do balanço patrimonial, provavelmente a partir de 2024.

Em termos operacionais, segundo o Goldman Sachs, a geração de fluxo de caixa livre da Suzano deve ser limitada entre os anos de 2023 e 2024 devido a uma combinação de custos relativamente altos, capex elevado e baixos preços de commodities. No entanto, o banco espera que os custos atinjam o pico no segundo trimestre de 2023, o capex atinja o pico neste ano e que os preços da celulose alcancem o mínimo no terceiro trimestre de 2023.

Nesse contexto, analistas projetam um melhor impulso nos lucros a partir do segundo semestre de 2023, especialmente em 2025, quando o novo projeto Cerrado deve adicionar 25% da capacidade de produção de celulose.

Por fim, o banco americano acredita que a Suzano estará bem posicionada para gerar um forte fluxo de caixa assim que o projeto do Cerrado for concluído e à medida que o preço da celulose/rentabilidade se normalizar. “No entanto, vemos isso como improvável de ocorrer antes de 2025, o que deve limitar o desempenho das ações no curto prazo”.

Oceanpact (OPCT3)

Os analistas do Bradesco BBI elevaram a recomendação para a Oceanpact, prestadoras de serviços offshore no Brasil, de marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e também o preço-alvo, que passou de R$ 4,50 para R$ 7 (potencial de valorização de 94% em relação ao fechamento da véspera).

“Vemos a tese de investimento da Oceanpact atingir um ponto de inflexão depois de navegar por águas turbulentas”, avaliam os analistas.

Segundo eles, com base em uma gestão cautelosa que tem apostado na disciplina de capital e na gestão de expectativas, 60% da frota de embarcações da companhia tem taxas diárias cerca de 17% abaixo dos valores de mercado. Portanto,
à medida que os contratos são renovados, veem o Fluxo de Caixa do Acionista (FCFE) subindo gradativamente, com um ponto de inflexão a ser alcançado a partir do 4T23 e se intensificando em 2024/2025.

“Além disso, a tese de investimento tem opcionalidades  não embutidas em nosso preço-alvo de R$ 7: (1) a disputa legal sobre quebra de contrato de 2 embarcações da Petrobras que poderia render à empresa R$ 700 milhões (cerca R$ 3,50 por ação) em indenizações nos próximos 1 a 2 anos; (2) desenvolvimento de projetos eólicos offshore no Brasil (66 estão aguardando licenças ambientais) e projetos de óleo e gás na Margem Equatorial do Brasil também nos próximos 2 anos, o que poderia aumentar as receitas da empresas; e (3) taxas de juros potencialmente em queda no Brasil, beneficiando a companhia, uma vez que, para cada 100 pontos-base de corte da Selic, o FCFE pode aumentar em cerca de 6%”, apontam.

Entre os riscos, está a ainda baixa liquidez das ações e uma potencial reviravolta no ciclo do setor no Brasil, além de riscos regulatórios.

Aliansce Sonae (ALSO3)

O Bradesco BBI reforçou a Aliansce Sonae como a sua top pick (preferida) no setor de shoppings, com recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 30, ou um potencial de valorização de 49% em relação ao fechamento da véspera.

Os analistas ajustaram as estimativas para a companhia principalmente para refletir os custos de transação da Aliansce Sonae + brMalls mais cedo do que o esperado no 4T22, o que levou o banco a aumentar a estimativa de Ebitda para o final de 2023 em 9%. “Nossa nova estimativa de Ebitda está cerca de 5% acima do consenso para 2023, mas em linha com o recente de guidance de Ebitda da administração para 2023, o que adiciona visibilidade às estimativas de fluxo de caixa operacional (FFO) da empresa, à medida que a integração evolui”, apontam os analistas.

Eles apontam que a liquidez das ações atingiu recentemente um nível semelhante ao de Multiplan (MULT3), aproximadamente R$ 100 milhões de volume médio diário de negociação, o que esperam que atraia mais atenção para a tese, o que é um dos pilares para a visão positiva da casa para ALSO3.

“A Aliansce Sonae continua sendo nossa principal recomendação entre os shoppings, com um valuation altamente descontado. Depois de atualizar nosso modelo, ainda vemos ALSO3 sendo negociada com um desconto de 39% em relação ao múltiplo P/FFO estimado para 2024 frente ao da Multiplan, bem abaixo do desconto justo de 15 a 25% previsto em nosso estudo”, avaliam.

Na opinião do BBI, a diferença de valuation deve diminuir, devido aos pilares de sua tese mencionados (melhor visibilidade e liquidez), enquanto as sinergias potenciais da fusão com a brMalls são a principal opcionalidade para a companhia.

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